É O TIC-TAC DO RELÓGIO, O TEMPO, COMO A SÁBIA ÁGUA ESCORRENDO PELOS DEDOS SEM QUE POSSAMOS JAMAIS A POSSUIR, APENAS É POSSÍVEL SENTIR, VIVER.
SÃO SONHOS E HORAS PERDIDAS TRANCADA NESSE QUARTO ESCURO PENSANDO EM NADA, OUVINDO UMA MUSICA BONITA E SORRINDO FEITO BOBA QUANDO LEMBRO DE NÓS.
NA VERDADE EU ACHO QUE NADA DO QUE EU PENSO, FAÇO E FALO FAZ SENTIDO.
EU NÃO SEI DE NADA, OU TALVEZ SAIBA O BASTANTE PARA ESTAR IMERSA NESSA IMENSA CONFUSÃO DE MIM MESMA. A GENTE SEMPRE QUER SABER MAIS E MAIS, E QUANDO SABE QUERIA NÃO SABER, FICA PENSANDO EM SAÍDAS E MAIS RESPOSTAS PARA TALVEZ NOS LIVRAR DO FARDO ENORME DA RESPONSABILIDADE DE SABER.
JUSTO EU. EU SÓ QUERO SER FELIZ COM MEU AMOR, MAS SERÁ QUE PRECISA SER DIFÍCIL ASSIM? EU QUERO A FELICIDADE VERDADEIRA, EU QUERO MUNDOS REAIS DE FANTASIA E O MAIS PURO AMOR. EU QUERO MUITAS CORES E MAGIA SOLTA NO AR. EU SÓ QUERO PRA SEMPRE, PRA SEMPRE AMAR E SER AMADA. E EU NÃO QUERO QUALQUER FÓRMULA PARA ISSO, EU SIMPLESMENTE DESEJO QUE SEJA REAL. É POSSÍVEL?
TALVEZ SEJA FÁCIL E EU ESTEJA COMPLICANDO, JÁ QUE PENSO QUE SEI DE ALGUMA COISA. NA VERDADE TUDO EM MIM SEMPRE SE RESUMIU EM NÃO SABER DE NADA. UMA ETERNA CONFUSÃO DE TUDO.
EU NÃO ESTOU SENDO POÉTICA, OU ESCREVENDO QUALQUER COISA BONITA. EU QUERIA MUITO SABER ESCREVER BONITO E EXPESSAR TODOS ESSE MEUS GRITOS MUDOS INTERIORES DE UMA FORMA LINDA, DOCE E EMOCIONADA, MAS SEMPRE SAEM ASSIM, ESTRANHOS, NÃO-POÉTICOS E SEM SENTIDO. ESSES GRITOS, ELES PARECEM COM CRIANÇAS DESESPERADAS QUE GRITAM POR UM ESPAÇO, QUALQUER COMPREENSÃO DE SI MESMAS, DO PORQUE ESTAREM ALI APRISIONADAS E TOTALMENTE IMPOSSIBLITADAS DE SAIR... E GRITAM DENTRO DE MIM. GRITAM PELA LIBERDADE QUE EU VIVO SONHANDO EM PODER LHES DAR.
É DOMINGO, E DOMINGOS QUASE SEMPRE SÃO ASSIM, VAZIOS... O TIC-TAC DO RELÓGIO NÃO PARA UM SEGUNDO SE QUER... AS ROUPAS CONTINUAM JOGADAS NO CHÃO, A LUZ CONTINUA APAGADA, A PORTA ABERTA E EU AQUI IMERSA NESSE NADA. NÃO É UM VAZIO, UMA TRISTEZA NEM UMA SOLIDÃO, É SÓ UM DESESPERO POR AQUILO QUE É VERDADEIRO. É ISSO QUE EU POSSO CHAMAR DE SAUDADE.
EU PREFIRO NÃO FAZER NADA AO FAZER ALGO SÓ POR FAZER, POR MEDO DE ME ENCONTRAR ASSIM COMIGO. EU ATÉ GOSTO DISSO, APESAR DE SER ESTRANHO. TALVEZ EU SEJA UMA ESTRANHA DE MIM MESMA. É TUDO ESTRANHO, SÓ FAZ QUALQUER SENTIDO QUANDO EU ESTOU COM VOCE.
